Os imóveis em Florianópolis continuarão subindo?
- Floripa Real Estate
- 31 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Tentar acertar o timing perfeito para comprar na baixa e vender na alta é uma máxima dos investimentos. A busca do Graal. A frase norteadora nos mercados de ações, criptos, títulos, etc.
Porém, se encontrar esse ponto já é difícil nos mercados de liquidez imediata, no ramo imobiliário a missão beira o impossível. Seu comportamento é muito mais linear porque o ciclo da construção civil é longo, suavizando os movimentos (tanto ascendentes, quanto descendentes).
A inflação contínua leva o custo da construção a sempre subir. Logo, o imóvel torna-se a principal operação de hedge para a absoluta maioria das famílias. É, instintivamente, a proteção do patrimônio contra a desvalorização da moeda fiduciária. Imóvel é buy and hold, sem stop loss.
Se você não compreende os jargões técnicos, digo apenas: O senso comum não deixa ninguém revender seu imóvel por valor menor do que pagou.
Aqui em Florianópolis, muitos ainda aguardam o preço dos imóveis baixarem NOMINALMENTE para iniciar uma construção ou comprar um imóvel. Digo, estatisticamente, que isto não ocorrerá. É uma espera em vão.
Nos últimos 121 meses, o preço dos imóveis subiu em quase 80% das ocorrências. Ou seja, é como se ele subisse em 4 de cada 5 meses contabilizados. É a teoria sendo colocada na prática.
Ocorrem quedas? Claro. Porém, são correções momentâneas (choques de oferta, descompassos na SELIC), de baixa magnitude, não capaz de alterar o movimento ascendente.
Somente eventos imprevisíveis e não racionais podem gerar baixas significativas. Nos EUA, vimos isto ocorrer na crise do subprime (em 2008) e estamos vendo novamente agora, em 2022, porém de forma menos aguda, devido ao aumento da “SELIC” deles, que fez as parcelas dos seus mortgages dispararem. No Brasil, recordo-me de ver isso no início no Plano Collor, momento em que a poupança foi confiscada e alguns, desesperados, precisaram torrar seus imóveis.
Portanto, meu caros, entendendo o grande movimento inflacionário brasileiro (que sempre existiu, diga-se de passagem), é ilusão imaginar que os valores dos imóveis tendem a baixar.




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